SAÚDE INTEGRATIVA: menina a meditar
ICON Saúde Integral

A Medicina Integrativa dedica-se ao paciente como um todo, sendo que o paciente participa ativamente do seu processo de cura.

Essa nova maneira de cuidar da doença torna-se cada vez mais frequente no meio médico. Por causa do número crescente de doenças crónicas, a medicina convencional parece pouco adaptada à abarcar todas as condições clínicas atuais de forma completa. Na prática clínica atual, é frequente depararmo-nos com pacientes que vão a vários especialistas, chegam com prescrições variadas, por vezes, com risco de interações medicamentosas, sentindo-se perdidos, sem saber como recuperar a energia vital e a saúde, novamente. Muitos remédios são comprados, os tratamentos repetidos geram desânimo, por vezes, com efeitos colaterais significantes, fazendo com que o paciente procure uma outra opinião, e mude frequentemente de médico.

Um exemplo bem atual, são pessoas que chegam até a clínica em situação de fadiga crónica, burn-out, dores lombares, e a descoberta recente de uma doença crónica, como diabetes, hipertensão, distúrbios da tiróide ou menstruais…

A que especialidade recorrer? Como compatibilizar todos os medicamentos prescritos das diversas especialidades? São situações difíceis de resolver numa consulta de quinze minutos ou num serviço de urgências…

Por isso, a Medicina Integrativa, alia alopatia e tratamentos complementares, abordando o paciente na sua globalidade, ao invés de vê-lo como compartimentado, ou um indivíduo que precisa de varias especialidades, uma para tratar cada órgão do corpo.

Nos últimos anos, alguns centros de Medicina Integrativa têm sido criados em vários países, no mundo todo, com o objetivo de, desde a primeira consulta, integrar o paciente num programa de acompanhamento composto por cuidados convencionais e medicinas complementares, como acupuntura, auriculoterapia, nutrição, homeopatia, medicina chinesa, suporte fisioterapêutico, etc…sempre com o objetivo de recuperar a saúde, como definida pela Organização Mundial de Saúde, ou seja, não somente na ausência de doença física, mas principalmente resgatando o bem estar mental, social e integral do indivíduo.

A proposta da Medicina Integrativa visa avaliar o indivíduo em consulta inicial de uma hora e meia, praticando um exame físico completo, como habitual na medicina clássica e solicitando exames necessários, sejam eles convencionais ou complementares (medicina ortomolecular, dosagens minerais, hormonais e funcionais).

A seguir à avaliação inicial, um programa de acompanhamento personalizado e gradual, é definido junto com o paciente, levando em consideração os aspectos físicos, morais próprios a cada indivíduo, sempre com o respeito há não interrupção dos tratamentos necessários convencionais.

A Medicina Integrativa substitui a relação vertical médico-paciente, por uma relação humanizada e horizontal, na qual o paciente, de forma consciente e integrativa, é colocado em posição ativa no seu processo de cura. Nesse processo, o paciente é convidado a reconhecer os fatores desencadeantes da sua doença e aprende a proteger-se de recidivas, através da mudança de hábitos da sua rotina de vida.